MAIS DO QUE APENAS UM AUTOMÓVEL: HISTÓRIAS DE AMOR MINI.

O Mini de Attila Fülöp não é apenas um dos mais coloridos Mini alguma vez criados; é, na verdade, uma homenagem a todos os International MINI Meetings, que se realizam desde o final da década de 1970. Isto é ótimo, tendo em conta que Attila - que é agora o presidente do MINI Club Hungary - nem sequer estava interessado, ou ciente, do Mini clássico até ter visto um Mini Cooper verde que tinha pertencido ao seu então patrão, em 2013. O automóvel estava um pouco descurado: não tinha luzes, os pneus estavam vazios e o óleo dos travões estava a verter. "Disse-lhe que se pudesse levá-lo para casa, podia arranjá-lo. Então, o meu patrão deu-me as chaves e disse-me que se eu conseguisse repará-lo, podia conduzi-lo". Mas Attila não se limitou a repará-lo; apaixonou-se pelo automóvel na primeira vez que o conduziu. "Fiquei impressionado com a experiência de condução e perguntei-me sempre onde tinha estado o MINI durante toda a minha vida." Avançamos para 2018 e Attila teve a oportunidade de desenhar um modelo Mini de recordação (um modelo Corgi à escala de 1:43) para um concurso organizado pelo IMM. A sua ideia era decorar um Mini com as bandeiras dos anteriores países anfitriões do IMM (por ordem cronológica), com a Union Jack a embelezar o tejadilho do automóvel. No final, ganhou o concurso, o que significou que o seu automóvel especial foi também produzido como uma linha limitada de automóveis de brincar. E, desde então, tem sido uma estrela onde quer que vá.

Há cerca de 20 anos, quando Olivier teve um acidente com a sua mota, apercebeu-se de que precisava de um brinquedo novo e mais seguro. "Quando conduzi o Mini, apaixonei-me. Não é preciso ultrapassar o limite de velocidade para nos divertirmos. Se quisesse ter a mesma emoção com outros automóveis, perderia a minha carta de condução todos os dias", diz ele com uma gargalhada. Desde então, Olivier tem comprado e reparado Minis na sua própria oficina em Nantes, França. A sua paixão e envolvimento com o pequeno automóvel contagiou o seu filho, Iowan. "Vi o meu pai a reparar Minis antigos na nossa pequena oficina e achei que eram fantásticos." Embora Iowan ainda não tenha idade suficiente para tirar a carta de condução, ele e o pai já prepararam um Mini só para ele, por isso, quando tirar a carta, pode imediatamente dar uma volta com o seu querido automóvel. Embora prefira que seja o pai a fazer as reparações. "Fiz algumas reparações no meu automóvel, mas preferia apenas conduzi-lo." Quanto a Olivier, ainda tem grandes planos para expandir a sua coleção de Mini cuidadosamente tratada. Olivier gostaria de correr com o seu Mini um dia e também quer por as mãos no volante de um Mini Marcos, uma versão coupé especial de duas portas do Mini. Quanto a saber se as suas ambições irão um dia contagiar o seu filho, ou se ele ficará satisfeito por, finalmente, poder conduzir o seu próprio Mini, ainda não sabemos.

Christian e a sua mulher Diana vivem em Berlim, pelo que parece inevitável que tenham um automóvel cheio de personalidade. De facto, o primeiro automóvel da esposa de Christian foi um Mini, pelo que, em 2011, ele decidiu comprar-lhe outro. E que sorte: afinal, o patrão de Christian tinha um Mini. E, melhor ainda, Diana estava fora numa viagem de negócios, o que deu a Christian a oportunidade perfeita para a surpreender. E embora o automóvel estivesse parado numa garagem há mais de dez anos e tivesse uma camada de pó de 2 cm de espessura, ele comprou-o. Foi buscar Diana imediatamente ao aeroporto e levou-a a ver o seu novo Mini. As suas primeiras palavras ao vê-lo foram: "Por amor de Deus, não quero um automóvel tão feio". Afinal, não era um Mini qualquer, mas uma edição especial Grand Prix – da qual foram fabricados apenas 500 exemplares – com um kit de carroçaria muito particular. O casal decidiu arranjar o automóvel e vendê-lo. Mas antes de se despedirem dele, pensaram em participar numa pequena corrida local de 400 metros, só para se divertirem. Como Christian estava doente, Diana assumiu o volante. Diana assumiu o volante na corrida e, quando terminou, as primeiras palavras que disse ao marido foram: "Não vamos vender este automóvel". Por vezes, é assim mesmo simples apaixonarmo-nos para toda a vida. Desde então, o casal adquiriu três outros Minis, e esperamos que a sua família continue a crescer.

Sabias que é muito difícil encontrar um Mini clássico na Noruega? Quando Przemek se mudou da Polónia para o país nórdico, em 2012, teve de vender o seu velho Mini de 1966. Mas, alguns anos mais tarde, decidiu que queria voltar a conduzir um Mini. Foi preciso esperar até 2021 para conseguir encontrar um. O mercado norueguês é pequeno e não há muitas vendas por ano. Przemek teve de passar anos a tentar encontrar o tipo exato de Mini clássico que queria. Um dia, encontrou um que, aparentemente, estava apenas a 10 km da sua casa. Aparentemente, o automóvel tinha estado estacionado numa rua, tapado durante mais de dez anos. Parecia perfeito. Demasiado perfeito. Quando Przemek lá chegou, disseram-lhe que o automóvel tinha sido rebocado e levado para um ferro-velho para ser destruído. E ali estava ele, do lado de fora dos portões do ferro-velho, muito depois do fecho, a olhar para o que devia ser o Mini escondido debaixo de uma capa suja. Teve de fazer rapidamente um acordo com a pessoa que era legalmente proprietária do Mini para o salvar do esquecimento. Depois veio a parte mais difícil. O Mini, uma edição especial do 40º aniversário, estava completamente degradado. Mais de dez anos de invernos noruegueses podem fazer isso a qualquer automóvel. Przemek passou os dois anos seguintes a restaurá-lo para o tornar tão autêntico quanto possível. Ele queria que o automóvel estivesse pronto a tempo do International Mini Meeting. E logo no início deste ano, o seu Mini muito especial ficou operacional. E o automóvel funciona lindamente. Tanto assim é que Przemek trouxe toda a sua família – a mulher e as duas filhas – no Mini desde a Noruega. A conduzir cerca de 600 km por dia, chegaram a Florença antes do tempo. “Decidimos conduzir durante quatro dias, mas dois dias depois já estávamos em Itália. Foi uma viagem muito boa e a minha filha pôde comemorar o seu aniversário em Itália". Esperemos que tenham tido muitas oportunidades para esticar as pernas e festejar.

O que é notável num MINI é que, mesmo quando parece apenas um simples MINI que qualquer pessoa pode comprar, em qualquer altura, podes ter a certeza de que a história do automóvel e do seu proprietário é tudo menos convencional. É o caso de Christoph, que teve muita sorte quando era jovem. O pai queria que ele conduzisse um bom automóvel alemão, como um Opel ou um Astra. Sensato? Possivelmente, mas Christoph não estava interessado. Ele queria desesperadamente um MINI e teve a oportunidade de comprar um MINI One a um preço reduzido quando ainda era adolescente. Isso foi há 11 anos. Desde então, Christoph e o seu automóvel têm sido inseparáveis. Ele ainda usa o automóvel todos os dias, já dormiu nele e utilizou-o para mudar de casa várias vezes. Uma vez, quando visitou o Lago Garda, em Itália, uma tempestade destruiu a sua tenda, mas, felizmente, o seu MINI estava lá para a substituir adequadamente. De facto, Christoph espera que este MINI seja o seu único MINI, e diz isso de uma forma totalmente positiva. "Fiz algumas alterações no automóvel, algumas pequenas reparações, mas nunca tive problemas com ele, nunca". E nós gostávamos muito que continuasse a ser assim.